sexta-feira, 19 de junho de 2015

Painéis solares flexíveis vendidos por metro

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/06/2015
Painéis solares flexíveis vendidos por metro
Com investimentos da empresa indiana Tata, a fábrica ocupa uma área de 4.500 metros quadrados, com 55 funcionários. [Imagem: Empa]
Painéis Solares de plástico
Engenheiros da Escola Politécnica de Zurique (ETH), na Suíça, inauguraram a planta-piloto de uma fábrica de painéis solares flexíveis com uma tecnologia que promete baixar muito o preço da energia solar.
As células solares são do tipo "filme fino", compostas por componentes que são aplicados na forma de tinta sobre uma folha de plástico flexível.
As Células Solares propriamente ditas são feitas de uma liga semicondutora de cobre-índio-gálio-(di)selenieto - por isso conhecidas como Células Solares CIGS.
Desta forma, os painéis são fabricados em um processo contínuo, conhecido como rolo a rolo - o processo de alta velocidade é em tudo similar à forma como são impressos jornais ou revistas.
A planta-piloto foi inaugurada pela empresa emergente Flisom, fundada pelos pesquisadores com suporte do governo suíço e com investimentos privados.
A fábrica tem 4.500 metros quadrados, com uma capacidade de produção de 15 MW (megawatts) de ainéis solares, na forma de rolos de um metro de largura.
Células solares CIGS
Desde 2011, a equipe do professor Ayodhya Tiwari vem batendo recordes de eficiência com as Células Solares CIGS.
Agora, já como empresário, Tiwari afirma esperar fabricar Painéis Solares flexíveis com custos abaixo de € 0,35/Wp (potência de pico). Com um custo mais baixo de instalação do que os Painéis Solares rígidos de silício, isso significaria custos de € 0,6/Wp de capacidade instalada.
As células solares flexíveis são fabricadas em módulos de 5 x 5 centímetros, e apresentam uma eficiência geral de conversão da luz solar em eletricidade de 16,7%.
Os Painéis Solares flexíveis podem ser colados sobre diversos tipos de superfície, incluindo bases rígidas, o que significa que eles podem substituir os painéis solares tradicionais, feitos com células Solares de silício.


BNDES financiará PPP da iluminação pública em São Paulo



Em encontro realizado no Rio de Janeiro com empresas do setor de iluminação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES anunciou que estuda incentivos para o financiamento de parceria público-privada (PPP) para troca de 620 mil pontos de luz por LED na cidade de São Paulo. Segundo as regras, que estão em fase de elaboração, o banco irá financiar 100% do investimento, que inclui luminárias LED, driver LED, equipamentos de telegestão, acessórios de instalação e despesas com mão de obra de instalação. A condição do financiamento é haver um índice de nacionalização dos produtos, que corresponda a 60% de seu valor e peso, além de critérios de montagem de equipamentos eletrônicos no Brasil e desenvolvimento de projeto de circuito integrado com empresas brasileiras de tecnologia.
A iniciativa visa o fomento da indústria de eletroeletrônico e de tecnologia no Brasil e poderá servir de modelo para outras PPP’s pelo país.
O contrato previsto para 15 anos financiará até 70% do valor do investimento com juros de 60% das taxas de juros baseado na TJLP e 40% Selic. Este percentual pode variar em função do índice de nacionalização e de agregação de tecnologia eletrônica brasileira.
Para ter direito a este benefício, os produtos precisam ter um comprometimento com a eficiência energética, o que no caso das luminárias LED requer a vida útil maior ou igual a 50.000 horas, potência maior ou igual a 45 watts, garantia do grau de proteção para o compartimento ótico e do driver maior ou igual a IP 65,  incorporar controle por técnica digital, permitir o monitoramento remoto e conter certificação do INMETRO e  Selo Procel de economia de energia.
Na avaliação do diretor superintendente da Celena, Ricardo Cricci, “a iniciativa é positiva para a economia nacional, pois favorecerá a indústria de luminárias de LED para iluminação pública, indústria de drivers e de equipamentos de telegestão. E como o plano do BNDES tem um viés transversal, a indústria de componentes eletrônicos se aproxima deste mercado de iluminação LED e aporta tecnologia nacional”.  O executivo considera este um plano ideal para o momento que o país atravessa, quando é essencial o incentivo para se reduzir o consumo de energia, melhorar o equilíbrio da balança comercial e prover tecnologia em iluminação nas cidades brasileiras.
Como o custo do financiamento é mais acessível que outras fontes de financiamento, uma vez que boa parte será na base de TJLP, o projeto deverá estimular novas PPP’s de iluminação pública em outras cidades pelo Brasil, pondera Cricci.