quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Isenção de IPI na pauta


Da Agência Câmara - Os carros elétricos e híbridos poderão ter isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até 2021. A medida consta no Projeto de Lei 4086/12, do deputado Fernando Coelho Filho (PSB-PE), em tramitação na Câmara. A isenção beneficia também as baterias, acumuladores, peças e motores usados nestes tipos de veículos.
De acordo com o deputado, o objetivo do projeto é baratear os carros elétricos e híbridos (que funcionam com uma combinação de motor elétrico e a combustão). Ele lembra que a evolução tecnológica dos últimos anos permitiu a redução dos custos dos componentes usados nos motores elétricos e híbridos. Mesmo assim, o preço final dos carros ao consumidor ainda é bastante elevado em relação ao modelo tradicional (a combustão).
A isenção do IPI é uma forma de reduzir o preço do produto, facilitando a disseminação de carros movidos a motores elétricos no país. “A importância estratégia que essas tecnologias podem adquirir, ainda em curto prazo, tem levado, em todo o mundo, à criação de programas governamentais de incentivo, considerando que sua viabilidade econômica ainda depende de apoio do Estado”, disse Coelho Filho.
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Financiamentos e know how para energia solar


A sustentabilidade econômica dos projetos de energia solar fotovoltaica é muito ligada também ao financiamento das instalações e equipamentos. Uma das alternativas são as linhas oferecidas pelo banco de fomento alemão Kfw, que também disponibiliza acesso às experiências de seu país de origem.
“Alemanha e Brasil são importantes parceiros na econômica global e tem objetivos oficiais, estipulados em acordos internacionais e bilaterais (Acordo sobre cooperação no combate à mudança do Clima de 2009, Acordo Brasil – Alemanha sobre cooperação no setor de energia de 2010). O Brasil tem muito experiência com energia hidrelétrica, Alemanha pode trazer know-how nos setores de energia eólica, solar e biogás. O objetivo da cooperação financeira é promover o intercambio de tecnologias e experiências nestes setores, desenvolver os respectivos mercados e apoiar o Brasil para que estas fontes de energia ganhem uma relevância maior na matriz energética ”, afirma Christiane Kunze, consultora do Kfw no Brasil.

Atualmente, o KfW tem um portfólio no Brasil no setor de energias renováveis de 230 milhões de Euros. Até o fim do ano que vem, esse portfólio deve atingir um volume de 600 milhões de Euros. “Estamos em plena fase de expansão das atividades. Até agora estamos financiando pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e energia solar fotovoltaica. No futuro próximo, o Banco vai financiar principalmente usinas eólicas, energia solar fotovoltaica, energia solar térmica (CSP), eficiência energética e geração de energia através da fonte biogás”, ressalta Christiane.
Os financiamentos do KfW são destinados a instituições governamentais ou empresas públicas, mas podem ser acessados também por empresas privadas por meio do refinanciamento do BNDES. Os financiamentos tem amortização de até 15 anos, com até 3 anos de carência incluídos. As taxas de juros (variáveis conforme o projeto e do tomador do crédito) são atrativas devido ao subsídio do governo alemão.
Além das linhas de financiamento, a cooperação financeira e técnica alemã, através da agência da cooperação técnica, GIZ, organiza visitas técnicas para a Alemanha, para empreendedores brasileiros e empresas públicas conhecerem as tecnologias alemãs no setor de energia solar, biogás e outros e para estabelecer parcerias. Fruto destas viagens já são os projetos: Mineirão Solar, Pituaçu Solar e 1MW Solar da Eletrosul. O KfW financia ainda estudos de viabilidade (como o Maracanã Solar e outros estádios). “O Banco poderá financiar estudos para aeroportos solares, se houver investidores interessados em realizar os investimentos. O financiamento poderá ser através de uma linha de crédito para energia solar BNDES/KfW”, afirma Christiane.
Sobre o mercado de energia solar fotovoltaica, a consultora afirma que “o Brasil tem ótimas condições para energia solar (radiação muito alta), assim, pode se desenvolver um mercado natural (sem subsídios), o que pode ser mais sustentável e promissor do que um mercado artificial. O governo poderá ajudar com a regulação adequada, resolvendo questões fiscais e promovendo um leilão de energia exclusivamente dedicado à energia solar”.

sábado, 22 de setembro de 2012

Britânicos projetam turbina eólica vertical adequada para grandes cidades


Um grupo de pesquisadores ingleses desenvolveu uma turbina eólica adequada para meios urbanos. A proposta apresenta uma tecnologia que pode ser facilmente aplicada em áreas com alta densidade demográfica e ventos inconstantes.

Os parques eólicos tradicionais são normalmente construídos em regiões afastadas das comunidades ou em alto mar, isto porque é necessário haver muito espaço disponível para a instalação de turbinas gigantes. No entanto, a nova turbina de eixo vertical não necessita da mesma estrutura física e pode ser aplicada no alto de prédios.

A novidade foi projetada pela empresa McCamly e a primeira unidade já está instalada na Universidade de Keele, no Reino Unido, para testes. Existem dois grandes motivos que influenciaram o desenvolvimento desta tecnologia: a grande demanda energética dos centros urbanos e as rajadas de vento, que mesmo irregulares, atingem boa parte das cidades.

O modelo, apelidado de MT01, pode ser aplicado em locais com vento lento, na média de dois metros por segundo. As pás irão girar com qualquer vento acima de 1,8m/s. Outro benefício é que ela não necessita do apoio da rede elétrica para dar a partida, basta o vento soprar que a energia começa a ser produzida, com poucos ruídos e vibração.

Quando os ventos estão na média de 12m/s, o sistema é capaz de gerar um quilowatt de energia. No entanto, testes recentes feitos pelos engenheiros britânicos, mostram que o potencial pode ser elevado para 24kW. Existe ainda outra ideia que deve ser aplicada com o intuito de elevar esta capacidade. Os pesquisadores planejam aplicar células fotovoltaicas para ampliar a produção.

A turbina possui 12 metros de diâmetro e dez de altura, tamanho similar ao das grandes caixas d’água utilizada em edifícios.

Dinamarca constrói maior turbina eólica do mundo


A maior turbina eólica do mundo está prestes a ser montada na Dinamarca. De acordo com os fabricantes, cada uma das pás mede 75 metros de comprimento, sendo três delas o rotor de 154 metros de uma usina protótipo.

A empresa Siemens é a responsável pela construção da turbina no campo de Osterild, em solo dinamarquês. A energia eólica produzida pela máquina deve alcançar 18.600 metros quadrados, segundo o planejamento. Para se ter uma ideia, esta área é equivalente a quase 2,5 campos de futebol.

Quando a turbina estiver girando a 10 metros por segundos será extraída a energia de 200 toneladas de ar por segundo. Cada pá da estrutura foi fabricada em um molde único, devido às forças a que a turbina estará sujeita. Acredita-se que seja o maior componente individual de fibra de vidro já produzido.



Na construção das pás foram incorporados alguns avanços desde o material utilizado, passando pelo projeto aerodinâmico, até a técnica usada para a fabricação. Consequentemente, houve diminuição de 20% no peso da máquina. A principal vantagem desse processo foi a redução das exigências sobre as fundações, necessárias para a instalação das turbinas.

A fabricação dos equipamentos eólicos vem se aprimorando ao longo do tempo. Há 30 anos, por exemplo, uma turbina tinha um rotor de dez metros e era capazes de gerar 30 kW de energia. Já o modelo construído pela Siemens terá um rotor de 154 metros e deverá produzir seis megawatts, uma capacidade 200 vezes maior. Com informações do Inovação Tecnológica.

Empresa britânica projeta turbina eólica offshore de alta eficiência


A empresa britânica Wind Power trabalha o desenvolvimento de tecnologias que tornam o aproveitamento da energia eólica mais eficiente. Em 2010, a companhia apresentou o Aerogenerator de eixo vertical como uma alternativa à produção offshore. Agora a ideia é tornar a estrutura ainda mais eficiente.

O modelo possui a metade da altura de uma turbina de eixo horizontal com a capacidade equivalente. Outras vantagens ainda são identificadas na estrutura, que não tem limitações de peso, como as turbinas tradicionais, e suas lâminas não sofrem com o peso induzido pelo desgaste.



O formato da turbina também permite que sejam suportados ventos mais fortes, bastante comuns de ocorrerem nos oceanos, onde são construídas as fazendas eólicas offshore.

O primeiro protótipo da empresa foi melhorado, agora a Wind Power espera dobrar a capacidade da estrutura, ao mesmo tempo em que reduziu o peso da turbina pela metade. Para conseguir isso, as hélices são feitas em fibra de carbono, mais leves e resistentes que as tradicionais.

Os testes iniciais são feitos com um sistema operacional de 50 kW. A partir de diversos estudos aerodinâmicos e das condições naturais, a empresa britânica pretende alcançar uma versão capaz de atingir dez megawatts. O modelo será instalado na Universidade de Cranfield.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Energia Solar: Como Funciona? – Lição Rápida



Se você quer uma definição rápida de como funciona um Sistema Solar Fotovoltaico Conectado à Rede, veja o vídeo abaixo. É ótimo para mostrar para os seus amigos e familiares que não têm muita proximidade com a tecnologia.




Sistema Solar Fotovoltaico Conectado à Rede



O vídeo abaixo mostra a partida do inversor interativo, depois de instalados os módulos no telhado, montagem e fixação da caixa de junção, durante o curso de instalação de sistemas fotovoltaicos.



Como Fazer um Projeto Sistema Fotovoltaico On-Grid

Vejamos quais os passos necessários para projetar um sistema fotovoltaico residencial/comercial de pequeno ou médio porte, para geração de créditos energéticos e compensação de consumo elétrico (net-metering).




1 – Colher os dados do cliente: consumo energético, local de montagem dos dispositivos (tipo de telhado), motivação para o sistema fotovoltaico;

2 – Estudo da disponibilidade solar e condições climatológicas do local;

4 – Estudo das características da rede de distribuição elétrica;

3 - Escolher o(s) inversor(es) que melhor se adéqua à potência-pico necessária e que seja compatível com (ou ajustável) a rede de distribuição local;

5 – Escolher os módulos fotovoltaicos, de acordo à área disponível para a instalação;

6 - Dimensionar o painel fotovoltaico de acordo ao inversor escolhido, considerando os coeficientes de temperatura;

7 – Definir o tipo de fixação para o painel fotovoltaico de acordo ao local de instalação (telhado, cobertura, solo) e determinar os elementos de fixação e quantidade;

8 – Dimensionar e definir os dispositivos de acoplamento e proteção do painel fotovoltaico (fusíveis, interruptores, DPS, etc.);

9 – Dimensionar o cabeamento em todos os pontos do sistema;

10 – Fazer o orçamento detalhado dos componentes utilizados no sistema (sem mão-de-obra de montagem);

11 – Realizar o estudo do potencial de geração do sistema fotovoltaico ao longo de um ano típico;

12 – Avaliar o custo da eletricidade local e a probabilidade de economia pela geração fotovoltaica;

13 – Confrontar o custo de instalação (CAPEX) e manutenção (OPEX) do sistema com a estimativa de produção energética e economia financeira;

14 – Determinar o tempo de retorno do investimento em três cenários: altamente favorável, conservador, altamente desfavorável;

15 – Avaliar, junto ao cliente, a viabilidade financeira do projeto, considerando a motivação para a instalação de um sistema fotovoltaico.



O projetista de sistemas fotovoltaicos necessita desenvolver várias habilidades, e deve ter proficiência em várias disciplinas.

Em breve: Curso para Integrador de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Aerogerador Brasileiro



Um aerogerador totalmente fabricado no Brasil está prestes a ter suas primeiras máquinas montadas, em Suape (PE). Trata-se de um projeto da Impsa Wind (multinacional argentina da área de produção de energia renovável), com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) no total de R$ 100 milhões.

O aerogerador (gerador integrado ao eixo de um cata-vento, que converte energia eólica em energia elétrica) IWP-100 é único do gênero feito no País. O projeto começou em 2009 e foi totalmente desenvolvido no Brasil, incluindo o desenvolvimento da tecnologia básica e da estrutura tecnológica. O aerogerador tem capacidade de 2 MW, com rotor de 100 metros de diâmetro e pode operar com velocidades de ventos que variam de 4 até 22 metros por segundo. (Fonte: Finep)

Livro explica como elaborar sistemas de geração solar



Com a publicação da resolução normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a micro e a minigeração podem ser utilizadas a partir de 2013 para compensar o consumo de energia elétrica domiciliar, trazendo descontos à conta de luz. A publicação de Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica chega, portanto, em momento oportuno, já que a demanda por profissionais capacitados para a instalação e configuração desses sistemas deve se acelerar nos próximos meses.

Primeiro livro de uma série de publicações da editora Oficina de Textos voltadas à energia solar, Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica explica os principais parâmetros envolvidos no dimensionamento e na operação de geração fotovoltaica distribuída e interligada à rede elétrica. Esta aplicação, que já se tornou competitiva, pode ser empregada em residências, prédios públicos, estacionamentos, condomínios e diversas outras edificações com reconhecidas vantagens ambientais.

Voltado a engenheiros, técnicos e estudantes interessados na geração de energia por meio de fontes alternativas, o livro apresenta os conceitos básicos associados aos dispositivos de conversão fotovoltaica, ilustra uma nova configuração do setor elétrico em termos de geração distribuída de eletricidade utilizando energia solar e apresenta as figuras de mérito para avaliação do desempenho dessas instalações. Modelos matemáticos representativos das várias partes que constituem os sistemas fotovoltaicos em questão são também apresentados com o objetivo de auxiliar em análises operacionais e no seu dimensionamento.

A apresentação de instalações e configurações usuais desses sistemas, bem como exemplos de sistemas instalados no país e a avaliação de resultados operacionais complementam o conteúdo da obra. Os autores, Roberto Zilles, Wilson Negrão Macêdo, Marcos André Barros Galhardo e Sérgio Henrique Ferreira de Oliveira, dedicam-se há anos ao estudo desses sistemas e já desenvolveram diversos experimentos práticos, nos quais testaram as metodologias e os cálculos descritos na obra.

Os próximos títulos da série, dedicados à eletrificação rural e a sistemas de bombeamento utilizando energia solar, estão previstos para o próximo ano.

Sobre os autores: Roberto Zilles é doutor em Engenharia de Telecomunicações na especialidade de Sistemas Fotovoltaicos pela Universidad Politécnica de Madrid e livre docente na especialidade Energias Renováveis pela Universidade de São Paulo (USP). É professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE/USP) e coordenador da Ação de Coordenação para o Desenvolvimento e Difusão da Geração Distribuída com Sistemas Fotovoltaicos do Programa de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, CYTED.

Wilson Negrão Macêdo é doutor em Energia pela Universidade de São Paulo, instituição onde trabalhou no período de 2002 a 2006, no Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos. Atualmente é professor do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) e pesquisador do Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéticas da Universidade Federal do Pará (GEDAE/UFPA).

Marcos André Barros Galhardo é doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Pará (UFPA), universidade onde atualmente leciona e pesquisa, participando do GEDAE/UFPA. Sérgio Henrique Ferreira de Oliveira é doutor em Energia também pelo Programa Interunidades de Pós-Graduação da USP, tendo realizado parte da pesquisa do doutorado no Instituto de Energia Solar da Universidade Politécnica de Madri (IES/UPM). É professor da Universidade Federal do ABC, em Santo André, onde coordena o curso de Engenharia da Energia.

Ficha Técnica

Título: Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica
Autores: Roberto Zilles, Wilson Negrão Macêdo, Marcos André Barros Galhardo, Sérgio Henrique Ferreira de Oliveira
Editora: Oficina de Textos
No. de páginas: 208
Formato: 21 x 28 cm
Preço: R$ 62,00
ISBN: 978-85-7975-052-6